Envelhecimento e Exercícios
O crescimento da população idosa, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem precedentes. Em 1950, eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, já em 1998, quase cinco décadas depois, este contingente alcançava 579 milhões de pessoas, um crescimento de quase oito milhões de pessoas idosas por ano (IBGE, 2002).
Dentre as alterações ocorridas com o processo de envelhecimento, encontra-se o decréscimo da função osteomioarticular (osteoporose e doenças miofaciais) que afeta diretamente a capacidade de realizar tarefas do cotidiano, diminuindo a independência funcional e, desse modo, refletindo negativamente na qualidade de vida do idoso.
Além do decréscimo da função musculoesquelética, outras alterações importantes ocorrem em decorrência do envelhecimento, tais como, aumento de tecido adiposo, diminuição da função cardiorrespiratória, alterações hormonais, resistência à insulina, dislipidemias, perda da autonomia, entre outros que poderiam ser evitados e/ou tratados de forma primária ou secundária com a prática de exercícios físicos, melhorando assim a sensibilidade à insulina, o funcionamento cardiovascular, a redução de VLDL, LDL e aumento do HDL.
Entender qual o tipo de exercício, duração e intensidade, que melhor se adéque à população idosa tem sido uma preocupação constante entre os pesquisadores, visto que o número de idosos bem como o de patologias associadas à obesidade e ao envelhecimento, tem alcançado status epidemiológico na atualidade.
Por esses e outros motivos entendemos a grande importância da realização do treinamento resistido com o objetivo do aumento da força de membros inferiores (MMII) e superiores (MMSS) para que o idoso além de viver por mais tempo tenha melhor qualidade de vida.
Mas para que o trabalho ocorra de uma forma mais eficaz e segura é fundamental o acompanhamento Médico, Fisioterapeuta e de um professor de Educação Física para realizar a prescrição e acompanhamento na evolução de cada indivíduo.